terça-feira, 17 de novembro de 2015

“Moreover, I have boundary issues with men. Or maybe that’s not fair to say. To have issues with boundaries, one must have boundaries in the first place, right? But I disappear into
the person I love. I am the permeable membrane. If I love you, you can have everything. You can have my time, my devotion, my ass, my money, my family, my dog, my dog’s money, my
dog’s time—everything. If I love you, I will carry for you all your pain, I will assume for you all your debts (in every definition of the word), I will protect you from your own insecurity, I will project upon you all sorts of good qualities that you have never actually cultivated in yourself and I will buy Christmas presents for your entire family. I will give you the sun and the rain, and if they are not available, I will give you a sun check and a rain check. I will give you all this and more, until I get so exhausted and depleted that the only way I can recover my energy is by becoming infatuated with someone else.
I do not relay these facts about myself with pride, but this is how it’s always been.



― Elizabeth GilbertEat, Pray, Love

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Esses momentos em que estou sozinha são os mais difíceis. Eu fico olhando o celular pra ver se alguém mandou alguma coisa, qualquer coisa que me tire desses pensamentos. Estou cansada o tempo todo. Eu vejo a vida passando, as pessoas fazendo coisas, evoluindo e eu continuo na mesma. Não tenho forças pra estudar, pra me exercitar, pra procurar melhorar.
Nem sei se quero melhorar. Não consigo mais imaginar o futuro. Tenho uma vaga projeção do que eu gostaria, mas só me vejo destruindo tudo o que eu ainda nem construí. Eu achava que o problema era cidade, mas a verdade é que não importa onde eu esteja simplesmente não consigo ser melhor.

Eu me sinto um desperdício de vida. 

terça-feira, 14 de julho de 2015

AGORA VAI.

Mais uma vez eu me pego insatisfeita com a minha vida e com o rumo que as coisas estão tomando. Eu já passei por esse momento antes, algumas outras vezes e é certo dizer que já deu. Todo ano eu faço planos de ir embora, procurar algo mais, mudar de país e esse ano quando eu tinha decidido que era isso que eu queria e resolvi contar pra minha mãe, e ela estraçalhou todos os meus planos com o discurso de que deixava de fazer as coisas por ela pra poder fazer pra mim. 
E ela estava certa, eu tenho sido egoísta esse tempo todo. Eu tenho jogado nela a responsabilidade financeira de fazer meus sonhos acontecerem, mas agora chega. 
O plano é ir pra Europa. Faz um tempo que eu já estou com essa ideia, acho que desde 2013 e na prática não fiz merda nenhuma pra que o plano se concretizasse. Hoje com 24 anos, eu trabalho na Banco do Brasil, estou recebendo um salário relativamente bom. Claro, ótimo pra alguém da minha idade, mas pouco, comparado ao salário que quero ter. Não pela questão do dinheiro em si, mas pela facilidade que o dinheiro traz. Por poder ir de um lugar ao outro, sem me preocupar se terei dinheiro pra pagar o aluguel do mês que vem. Ou para comprar remédios. Ou até mesmo pra poder fazer uma coisa vã, como gastar uma boa quantia de dinheiro em um restaurante ou comprando roupas só porque a semana foi uma merda e eu quero me sentir bem. 
Acredito que pensar nas vantagens e desvantagens, seja essencial pra tomar uma decisão acertada e correr efetivamente, atrás, do que quer seja, que eu decida. Então vamos lá:
Desvantagens:

  • Custo de vida mais elevado;
  • Falta de segurança, pois estarei sozinha em um país novo e muito longe de casa;
  • Falta de conhecimento da língua, pois provavelmente tentarei mestrado na Holanda, Bélgica ou Alemanha;
  • Abrir mão da estabilidade adquirida aqui no Brasil (emprego no banco);
  • Ficar longe da família, amigos e de tudo que me é familiar.
  • E qualquer outra desvantagem que eu lembre pelo caminho, poderá ser adicionada a este texto porque o blog é meu e eu faço o que quiser.
Vantagens:
  • Oportunidade de aprender um novo idioma (de verdade);
  • Experiência internacional;
  • Poder tirar essa vontade louca de morar fora da cabeça, mesmo que seja pra depois voltar com o rabinho entre as pernas;
  • Estar novamente na Europa, lugar que eu gostei tanto de estar e sem o peso de estar só de passagem;
  • Kebobs, cervejas maravilhosas por menos de EUR 1,00.
  • Sentimento de segurança, poder andar na rua de madrugada sem ter medo de ser sequestrada/estuprada/etc;
  • Conhecer pessoas diferentes, de outras culturas, outros universos e aprender com elas sobre a multiculturalidade da vida;
  •  Como nas desvantagens, qualquer outra vantagem poderá ser acrescentada caso ao me lembre no futuro. 
Ontem a noite eu pedi pra Deus um sinal, pedi que alguma coisa acontecesse, que fizesse com que a minha vida saísse desse marasmo que está hoje. Quando eu acordei estava passando na Ana Maria Braga, uma reportagem sobre um casal que, simplesmente, resolveu deixar o Brasil pra trás e viajar permanentemente. Claro que os dois tem um emprego, que os permite trabalhar de qualquer lugar e têm uma renda legal que torna possível fazer esse sonho virar realidade. 
Mas o que me incomoda, é que me deu tanta inveja. Tanta vontade de fazer igual. E é sempre assim todas as vezes que eu ouço falar/leio/entro em contato, com qualquer pessoa que está morando/viajando na Europa, eu fico com tanta vontade de estar lá também. Parece que é onde eu deveria estar. Eu não quero abrir mão disso mais uma vez. Não quero retardar esse sonho de novo. Então conversando com a Ada hoje, tomei coragem mais uma vez de procurar por universidades. Não quero ir pra lá com uma mão na frente e outra atrás.
A ideia é fazer um planejamento legal e ir pra lá com uma certa folga financeira. E claro, a ideia é também achar uma instituição legal pra fazer o meu mestrado. Não quero ir só por ir. Acredito que os passos que eu deva levar em consideração para começar são esses:

  • Procurar universidades na Alemanha, Holanda e Bélgica;
  • Verificar quais são os requisitos para enrolment nessas universidades e fazer plano de ação baseado nesses requisitos;
  • Fazer o dinheiro render e guardar cada centavo que for possível;
  • Deixar esse assunto baixo por enquanto, só falar sobre ele para quem realmente puder ajudar. Quem só for dar palpites insignificantes não precisa saber. 
  • Fazer a planilha de REALIZAÇÃO 2016.
Ok, agora acho que é hora de botar a mão na massa, né não?
Uma oraçãozinha sempre ajuda pra levar as coisas pra frente:
Então Deus, eu sei que a connection eu - você anda meio falha ultimamente e acredito que boa parte disso seja porque eu simplesmente estava perdida com tudo. É difícil pra mim acreditar piamente em você sem ter nada planejado, bom, você me criou, acho que sabe que eu gosto de ter um objetivo pra correr atrás. Pois bem, agora eu acho que achei novamente um sonho, um objetivo, algo que eu realmente quero e gostaria que o Senhor iluminasse meus caminhos nessa nova trilha. Espero que o Senhor esteja comigo como sempre esteve e me ajude a concretizar mais esse sonho, se claro, essa for a sua vontade pra minha vida e e ela me trouxer coisas boas. Te peço motivação. Força pra não desanimar e se posso ousar até um pouco de bençãos para que as coisas caminhem bem e que eu não encontre obstáculos intransponíveis nesse caminho. Obrigada pelo sinal (que acredito que realmente tenha sido um sinal) e obrigada por todas as maravilhas que o Senhor já tem realizado na minha vida, mas que muitas vezes eu sou muito besta pra reparar.
Amém. 



segunda-feira, 29 de junho de 2015

Cadê?

Dois meses se passaram e nada mudou. Não sei exatamente o que acontece dentro de mim. Porque eu não consigo evoluir. Fico me perguntando se todo mundo é assim. Mas acho que não. Espero que não. O mundo seria um lugar totalmente sem graça e ainda estacionado na idade da pedra se todo mundo fosse assim.
Por que eu não consigo evoluir?
Por que eu não consigo mudar?
Por que eu continuo sentada, vendo a vida passar, esperando que alguma coisa diferente caia do céu?
Parece que tem uma parede que me impede de ir pra frente.
Alguém pendurado nas minhas costas que me impede de levantar.
Um bloqueio na minha mente que me impede de dar o comando de "agir" no corpo.
E por que Deus?
Por que?
Estou a dias escrevendo na agenda que vou fazer um plano de estudos. Que vou terminar a decoração do apartamento, que vou fazer regime, que vou a igreja. Que vou, que vou, que vou. Mas não fui.
Continuo aqui com as coisas desarrumadas, sem estudar e sentindo pena de mim mesma porque não estou na Europa, ou porque estou sozinha, ou porque mais uma vez arranjei um namorado que mora a milhares de quilômetros de distância e a minha vida se baseia em esperar as mensagens dele e rezar pra que ele, ou eu ganhe na loteria, para que possamos enfim estar juntos.
Como se isso fosse bastar. Como se isso fosse dar alguma motivo pra minha existência.
Como se isso fosse me fazer me sentir realizada comigo mesma.
E não vai, eu sei que não vai. Mas incrivelmente, por alguma razão que eu ainda não consegui descobrir, eu simplesmente não tenho motivação pra fazer as coisas que eu sei que me deixarão realizada.
As vezes penso que é depressão. Outras que é preguiça. Outras ainda que eu não tenho a menor de ideia de quem eu sou e do que me deixa realizada e por isso é preferível ficar aqui sem fazer nada.
O problema é que toda essa mediocridade está me matando.
E honestamente, acho que ainda está cedo pra morrer.



domingo, 5 de abril de 2015

Normal is overrated.

Acho que já está na hora de algumas mudanças né?
Primeiro passo pro crescimento é admitir que tem coisa errada. Reconhecer a diferença de onde estou para onde quero ir. Pois bem, quero independência. Financeira, amorosa, psicológica, física. Quero ter a segurança de que posso cuidar de mim, de que não preciso ficar correndo atrás de homem nenhum pra ser feliz, que não preciso de umas latas de cerveja pra ficar animada. E quero tudo isso pra ontem. Eu sei que mudanças levam tempo, mas quero tentar mudar o mais rápido possível. 
Quero olhar pra mim com admiração. Saber que estou no caminho certo, fazendo as coisas de maneira correta, não ter mais essa sensação de acordar e ter vergonha do que eu fiz ontem. Não quero mais esse arrependimento todo, todo os dias. 
Quero parar de rastejar atrás das pessoas, de manipulá-las com tristeza. Quero exalar alegria, coisas boas. Quero exalar luz na vida das pessoas. Ser alguém que as pessoas queiram estar perto, porque eu faço com que o mundo pareça um lugar melhor. 
Quero ser bem sucedida nos meus estudos, no meu trabalho, nas minhas atividades físicas. 
Quero olhar pra mim e me achar linda, maravilhosa, inteligente. Estar segura de mim mesma, por saber que estou correndo atrás do que eu quero, dos meus objetivos. 
Eu ainda não sei o que eu quero fazer da minha vida. Ainda não sei qual a minha vocação. Porque estou aqui, o que estarei fazendo pro resto da minha vida. 
Mas os meus objetivos principais agora são:
- Decorar o apartamento de forma que eu sinta vontade de convidar as pessoas pra minha casa e elas sintam que estão num lugar aconchegante, bonito e com a minha cara;
- Começar a trabalhar e entender como eu posso crescer dentro do banco, sem passar por cima de ninguém e fazendo amigos;
- Conhecer pessoas legais em Capanema que me ajudem a voltar a me aproximar de Deus;
- Conseguir a força e a motivação necessárias pra estudar para a Anpad e escrever minha tese pro mestrado;
- Começar a juntar dinheiro e pensar no próximo destino para minha próxima viagem, pensando somente em onde eu quero estar, o que eu quero ver e o que eu quero fazer;
- Procurar me encontrar, entender o que eu ando sentindo e porque e tentar me livrar da depressão. 

Hoje eu ouvi essa frase em um seriado e ela fez bastante sentido, não sei porque.. "normal is overrated".
Quero ser mais que normal, quero ir além, ser extraordinária.Chega de me contentar com pouco de mim. 

sexta-feira, 3 de abril de 2015

domingo, 22 de março de 2015

Oração.

Hoje foi um dia totalmente jogado no lixo. Eu passei o dia inteiro na cama, jogada, assistindo seriados. Só levantei pra ir no banheiro e comer. Em resumo, jogado fora. 
O Mike sempre me diz pra falar sempre com Deus. Que Ele tem que ser meu tudo. Que eu devo confiar Nele e esperar, que as coisa vão se resolver. Então hoje estou aqui pedindo. 
Porque não quero mais ter esses dias, em que minha atividade principal é chorar. Porque não quero mais sentir que não sou nada. Porque não quero mais pensar, que seria melhor não existir. Porque não quero mais, não ter forças pra levantar da minha cama. Não quero mais não querer melhorar. Não quero mais, não conseguir passar coisas boas para as pessoas. Não quero mais, ser afetada por qualquer coisa que me dizem.
Eu quero ser fonte da Sua luz. Quero transmitir o seu amor, sua alegria, sua paz. Quero dar valor pra mim. Quero ser boa pra minha família, pros meus amigos. Quero encontrar um cara legal, que goste de mim e que me ajude a me sentir viva, que me faça querer continuar viva. Eu sei que isso não é a função de um namorado, mas no momento seria legal encontrar isso. Bem legal, mesmo. 
Amém. 

sábado, 14 de março de 2015

Que seja só cansaço.

Espero que seja só cansaço.
Que seja só cansaço e não o vazio que, por mais que eu tente, não consigo preencher.
Que seja só cansaço e não saudade.
Que seja só cansaço e não lembranças que me impedem de deixar novas pessoas entrarem.
Que seja só cansaço e não você aqui na minha cabeça, me lembrando que eu não sou boa o bastante.
Que seja só cansaço e não insegurança.
Que seja só cansaço e não incerteza sobre qual caminho seguir.
Que seja só cansaço e não a depressão que, não me deixa seguir em frente.
É, espero que seja só cansaço.

quinta-feira, 12 de março de 2015

O y no lugar do i.

Eu gosto de como os relacionamentos começam. Tem sempre uma excitação/mistério envolvido que fazem com que o resto da vida da gente, ganhe um ar diferente.
Com você está sendo assim. Eu lembro que a primeira vez que o vi, você estava sentado num bar, com seu ar compenetrado, bebendo um chopp. Eu o olhei e pensei "nossa, que gato!". Mas pela minha "vivência", logo concluí que você fosse gay, porque nenhum cara lindo e estiloso desse jeito ia estar sentado sozinho num bar sem conversar com nenhuma mulher. Preconceito, eu sei. Mas convenhamos, não vivo em um conto de fadas, onde os caras legais ainda estão solteiros e sentam sozinhos em bares, sem terem alguma prospecção de transa aguardando.
A segunda vez que o vi, tive aquela mesma reação espontânea da primeira vez "nossa, que gato!". Mas você estava conversando com uma menina e eu, ficando com outro cara.
De alguma forma mística,  o fim da noite acabou sendo só eu e você.  Você ficou mais porque gostou do meu papo. E eu não tinha como ir embora porque estava trabalhando, mas se tivesse a opção, não iria mesmo.
O papo fluiu como há tempos não fluía com ninguém. Durante a conversa, eu tive vontade de pular em você e o beijar algumas vezes ou mesmo de perguntar "esse momento aqui, ele é real?", mas me segurei bravamente e quando você foi embora sem me beijar e sem deixar claro, se queria alguma coisa comigo, eu fiquei pensando em quando o veria de novo.
As coisas se desenrolaram de forma tal que já nos vimos, voluntariamente, mais três vezes essa semana (e hoje ainda é quinta) e todas essas três vezes foram, por falta de palavra menos clichê, mágicas.
Você chegou em uma época, em que eu já tinha me decidido por fechar meu coração por uns 296 dias, pelo menos. Mas olha só, estou seriamente considerando uma reinauguração.

quarta-feira, 11 de março de 2015

Depois de você meu coração fechou. Eu dei tudo de mim, me joguei, ajoelhei, pedi, chorei, gritei. Nada adiantou. Como lenço de papel usado você me descartou no fundo do bolso do casaco. Nem no lixo foi, pra me dar chance de virar, sei lá, papel reciclado. Não. Você me deixou no fundo do bolso do casaco à mercê das traças e do esquecimento. 
Mas de volta ao meu coração; tem gente batendo, querendo entrar. Chamando, gritando. Tocando a campainha. Batendo palmas. Passando bilhetes por baixo da porta que dizem "me deixe entrar", mas parece que o líquido sagrado que tinha aqui dentro e que fazia as coisas virarem amor, secou. 
É difícil perceber isso. É díficil acreditar e aceitar que aquela pessoa legal que você conheceu na semana passada só vai fazer diferença mesmo, na semana passada. E que essa semana, se ela não estiver mais lá, não vai fazer falta, porque você já se acostumou com as despedidas e pior, se conformou com a ideia de que não adianta querer mais. Porque o mais só existe nas comédias românticas da TV ou na vida daquela amiga da sua mãe que conheceu um gringo qualquer, se apaixonaram, casaram e estão morando juntos e felizes, 6 meses no Brasil e 6 meses na espanha.