domingo, 20 de julho de 2014

Chega uma hora que a gente fica procurando amor em qualquer lugar. 
No tropeção, na padaria, no bar, na cozinha, no olhar torto do cachorro, no beijo sem graça do moço.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Eu podia dizer que o meu interesse é só sexual.
Que você não passa de um meio para chegar ao prazer.
Podia mergulhar no seu corpo dia, tarde e noite e depois ir embora sem deixar rastros, sentimentos e apego.
Podia fingir que não é nada. Que não temos nada. Que não somos nada.
Podia não pensar em você, no seu corpo entrelaçado ao meu e no nosso futuro juntos.
Podia lhe tratar como qualquer um. Qualquer dois. Qualquer três.
Podia lhe chamar pelo nome, sem carinho, sem nuances, sem amor.
Podia ser o que você quer, um suporte, um quebra-galho.
E podia perdurar. Esperar você se decidir por mim. Perceber que sim, sou eu.
Mas acho que não tenho forças. Não sou tão resolvida assim, não tenho esse desapego todo.
Quero é saber tudo de você.
Mergulhar no seu corpo dia, tarde e noite e deixar meu cheiro, minha marca, meus beijos.
Falar pra todo mundo que sou sua e você é meu e que somos um nós.
Pensar, sonhar, lembrar e repetir: pensar, sonhar, lembrar de você.
Tratar-lhe como o meu amor, o único, preferido.
E perdurar. Viver de amor com você e transbordar de felicidade.