quarta-feira, 14 de novembro de 2012

s de saudade.

Sinto falta das minhas raquetes,
dos meus dreads,
da minha capacidade de digerir glúten, lactose, soja e milho,
do meu shorts laranjado,
da minha camisa azul de bolinhas,
e daquele eu, que eu sempre quis me tornar.


segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Se-du-c-tion

Sabe que depois de muito tempo descobri uma coisa que sinto falta dos meus tempos de solteira. Não digo que é a única porque provavelmente um dia sentirei falta de outras coisas, mas essa me bateu agora, e veio trazendo uma saudade até que bem grande. 
Me faz falta a sedução. Aquele jogo antes da entrega de você não saber se a pessoa realmente te quer, e jogar indiretas só pra "acender" mais aquela conversa até que ela chegue num ponto onde fica tudo muito claro, mesmo sendo falado com expressões subentendidas. No namoro (ou pelo menos no meu)a sedução acabou depois do primeiro mês em que realmente ficamos juntos. Digo em que realmente ficamos juntos porque estávamos namorando a distância, então todos os dias eram de certa forma uma sedução. Tínhamos que nos conquistar diariamente e como nós dois nunca fomos muito chegados a exposição pela internet as conversas deixavam tudo muito subentendido o que sempre me deixava muito instigada. 
E não é que agora as coisas estejam ruins, não de forma nenhuma, tá tudo muito bom, e me sinto até um pouco mal agradecida de estar fazendo um texto sobre a falta de algo, mas sabe quando você queria que as coisas fossem um pouquinho como no começo? Aquela falta de conhecimento do que a outra pessoa quer, aquele desejo subentendido, a vontade de querer beijar, abraçar e tudo mais, mas ter que esperar pra ver se a outra pessoa te dá o sinal. E acho que principalmente aquele friozinho na barriga quando se descobre através do toque ou de uma cantada bem feita que a pessoa quer o mesmo que você. 
No namoro as coisas já são muito claras. A gente se beija sempre, se pega sempre e nem precisa pedir, bolar cantadas, esperar. 
É tudo muito fácil, e não vou negar, isso é realmente ótimo. Isso, agiliza muito mais as coisas e a gente vai direto pra parte ótima que é se amar. Mas tem momentos como agora, que eu queria um pouco mais do encanto e da magia da pré-ficada. Um pouco mais de esforço pra finalmente ficar junto. Uma "preliminar" de conversa. Ser seduzida e só depois me entregar. 

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

"Eu digo não chore meu amor
Que a lua brilhou no escuro do céu
Que o som acalenta teu corpo cansado
Que o sonho da gente não morre jamais
Na guerra ou na paz
Aqui resta esperança sem fim
Aqui resta um guerreiro de paz
E a lágrima quente numa noite fria
Santa liberdade não chore meu amor
É tanta água no teu olho
Estrelas e luas o mar pescadores de Iemanjá"

quarta-feira, 19 de setembro de 2012


tem dias em que a pior decisão que podemos tomar é levantar da cama.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Querido Blog!

     Desculpe pelo abandono! Mas é que as vezes a vontade de viver ou a preguiça de escrever é muito maior do que a vontade de exprimir meus sentimos na forma de escrita. Sim, sim, eu sei o quanto isso daqui me faz bem, e me relaxa e é justamente por isso que eu peço desculpa, caso contrário agiria como uma pessoa ingrata e cuspiria no prato que comi ou escrevi.
    Enfim, acho que muitas das minhas previsões para o que iria acontecer depois que eu voltasse se concretizaram. Rolou o sentimento de estar perdida (na real ainda rola, e muito), rolou a depressão, bateu a vontade de socar todo mundo que me pergunta  "como foi lá?" "porque voltou?" "voltou por causa do namorado?" e principalmente rolou a vontade de mandar a merda (depois de socar) todo mundo que disse "nossa, você está desperdiçando a oportunidade da sua vida", ou "eu nunca teria voltado". 
     Pois é, é cada uma que a gente tem que ouvir, e no fim das contas acho que todas essas pessoinhas inconvenientes e donas de verdade me ajudaram muito, aí você, caro leitor, me pergunta: "Te ajudaram? No que?" E eu te respondo com dois pés no chão e e com a boca cheia: A TER PACIÊNCIA! 
O que sejamos sinceros é uma virtude muito boa de se ter. Afinal, com paciência, a gente demora um pouco mais pra dar patada nas pessoas, e até consegue criar um ambiente mais sociável. Hahaha, até parece. 
     No fim das contas, estou finalmente aprendendo a não ligar para a opinião das pessoas e valorizar mais o momento e os meus sentimentos naquele momento, ao invés de ficar completamente paranóica pensando no que acho que devia estar fazendo e onde eu acho que devia estar trabalhando e quanto eu acho que devia estar ganhando. É difícil deixar alguns velhos sonhos de lado. Ás vezes penso que a gente não devia desistir dos sonhos, mas honestamente, tem horas que precisamos ser realistas e bolar sonhos novos que se adaptem a nossa nova realidade.  
     Então voltei a tocar violão, voltei a pensar em pintar e desenhar, voltei a ler coisas bonitinhas que me entretêm e no mais, estou vivendo e tentando deixar os medos de lado. Estou tentando fazer coisas que me fazem feliz por mim mesma. Sem a interferência dos outros.
     Namorar é ótimo, quem falou um dia na vida que tinha lado ruim, estava realmente com a pessoa errada. O lado "ruim" é completamente superado pela parte boa. Mas não dá pra ficar só centrado no namoro e esquecer que antes de sermos 1 formados por 2, éramos 1 formados por 1 mesmo. Então tem que se concentrar um pouquinho pra não deixar essa nossa raiz se perder. E é isso que estou fazendo, me concentrando em mim pra no fim das contas não acordar daqui um tempo e perceber que virei  uma menina dependente que não tem vida além dele. 
     E dentre as músicas que estou aprendendo a tocar no meu lindo violãozinho, está a Monomania, da Clarice Falcão (estou com preguiça de postar o link então se você quiser, procure, hehehe). Mas é uma música fofinha, e melhor, com notas fáceis e sempre dou risada quando estou cantando. Talvez eu esteja rindo de mim mesma, mas o importante é isso mesmo, rir.



quinta-feira, 3 de maio de 2012

O menos pode ser mais.

E como é que faz para uma garota formada em administração e acostumada a pensar e imaginar cada pedacinho da vida faz para se jogar completamente num caminho totalmente novo sem planejar exatamente o que vai fazer, quando, como e porque? Hum, não sei. Mas é isso que estou fazendo. 
Há alguns meses atrás minha vida mudou completamente, tanto por ter saído do conforto da minha casa e ter mudado para um país completamente diferente, quanto por ter encontrado o amor da minha vida, a pessoa que eu jamais achei que encontraria. E daí a vida que era monótona e segura virou de cabeça pra baixo. Tudo o que eu achava que sabia de mim entrou numa categoria de "é, acho que as coisas não são bem assim." No fim das contas sou a garota romântica e apaixonada que nunca pensei que fosse ser, e por mais que seja difícil consigo trocar o status de fazer algo que poucas pessoas tem a chance, pela oportunidade de ser feliz estando perto das pessoas e das coisas que amo. 
Antes eu achava que eu era obrigada a conseguir o máximo de títulos possíveis, trabalhar nos lugares mais legais e ir para os lugares mais legais. Mas hoje eu me vejo aqui. Nos Estados Unidos, fazendo faculdade numa universidade até que bem renomada, jogando tênis pra essa universidade, indo visitar lugares lindos, mas e aí? Cadê a felicidade? Cadê a realização? Olhos pros lados e infelizmente quem está perto de mim não me faz realmente apreciar os lugares lindos que tenho a oportunidade de visitar. Aliás, essas pessoas só me fazem querer mais e mais voltar pra minha casa, pra minha familia. E talvez esse seja o real ponto de tudo isso. Talvez a lição que eu tenha que tirar é essa. É bom ter dinheiro, é bom estar num lugar bonito, mas melhor do que isso é estar perto de quem se ama. É poder dividir as coisas bonitas da vida com as pessoas que realmente se importam com você. Que te entendem só te olhando. Que sabem seus gostos, seu cheiro, seu humor. 
Tive que vir pra longe pra entender o que realmente importa. O que importa é ser feliz. Onde quer que você esteja. O que importa é ser feliz e fazer coisas que te deixam feliz. Talvez eu ainda tenha que lutar um pouco com a minha ideia de ser melhor em tudo. Talvez quando eu voltar a minha vontade  de ser "mais" também volte. Mas o importante é que agora eu já tenho o entendimento suficiente pra saber que não adianta ser "mais" sozinha. Não adianta ser "mais" e não ser feliz.
 O meu mais está aqui dentro. Sempre esteve. E agora está na hora de deixa-lo fluir, sem pressão, sem a ilusão de que se eu for a melhor estarei satisfeita com minha vida. 
Não tenho a mínima ideia do que vou fazer quando voltar pra casa. Estou sem dinheiro, sem trabalho, sem planos. Mas tenho conhecimento, tenho vontade e mais do que isso, tenho muito amor me esperando. E quer coisa melhor? 

domingo, 22 de abril de 2012

A porra do estrogênio.

Faz parte de ser mulher. 
Sim, é o que dizem. Faz parte de ser mulher, ter essa sensação de que tudo está errado mas não ter a mínima ideia do que fazer para consertar. Querer ficar quieta num canto deitada em forma de feto e ao mesmo tempo gritar com toda a força da garganta pra mundo todo ouvir. Querer se bater, se jogar contra a parede, bater no outro, quebrar tudo e ao mesmo tempo querer deixar tudo o mais organizado possível. Ficar brava sem motivo, querer chorar sem motivo. Não conseguir chorar ou não conseguir parar de chorar. Se achar a pessoa mais feia, mais gorda, mais burra do mundo. Comer, comer, comer, se sentir mal por ter comido tanto, mas ainda se sentir com fome e continuar comendo. Não ver saída, não ver rumo, não ver nada. Não sentir nada e sentir tudo. E além de tudo isso, ficar com cólica, querer tomar 5 banhos por dia porque se sente suja, e ficar checando de 5 em 5 minutos se sua calça ainda está em ordem. Sim, estou falando de TPM. E sim estou falando de menstruação. Te incomoda? Menstruação, menstruação, menstruação, MENSTRUAÇÃO. 
Porra. Preciso dormir.


sábado, 14 de abril de 2012

Desatado.

É como descalçar o sapato,
Abaixar o volume quando está muito alto,
Fazer xixi quando está apertado,
Deitar na cama quando se está cansado.
Falar com você.

quarta-feira, 28 de março de 2012

I always find a way to convince myself. And if I get it right I find a way to convince others too. Sometimes after I convince everybody else I want to go back, take it all back. Sometimes is too late to do that. But sometimes (most of the times) I am just so lost that I just live with whatever I put into my head at the first place.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Me encanta...


Uma coisa engraçada da vida é que a cada dia você descobre uma coisa nova. E melhor que isso, você descobre uma coisa nova que você gosta e te traz felicidade.
Essa semana me dei em conta que estou sempre tirando fotos das pessoas. Gosto daquelas fotos espontâneas que as pessoas não sabem que estão sendo fotografadas e mostram suas expressões mais verdadeiras. E gosto mais ainda de depois mostrar essas fotos para as pessoas e vê-las sorrindo ou fazendo aquela cara de surpresa porque nem imaginavam que estavam sendo fotogradas. Mas confesso que não sou boa. Correção, ainda não sou boa. Ao despertar pra esse meu novo gosto eu decidi que quero melhorar minhas habilidades fotográficas e tirar aquelas fotos lindas que a gente não consegue parar de olhar. Então mundo fotográfico, me aguarde! Vou te adentrar! haha!
Outra coisa linda e boa que descobri essa semana que gosto bastante é o Marcelo Jeneci, ou melhor, as músicas do Marcelo Jeneci. São completamentes relaxantes e sei lá, exalam uma ótima vibração. Me deixam de bom humor. Minhas preferidas são "Felicidade", "Copo d'agua" e "Café com leite de rosas". Essas três são do albúm "Feito pra acabar". Vale muito a pena conferir o albúm todo. É ótimo pra aquelas horas em que não se quer pensar em nada. Só curtir o tempo passar.
A terceira coisa que descobri essa semana que gosto muito são os SMOOTHIES! Basicamente é suco de fruta concentrado batido no liquidificador com muuuuito gelo. Diliça da vovó! hehe
E a ultima coisa mas com certeza não menos importante que tem me encantado muito essa semana são as arvores só de flores. Não sei o nome, nem a espécie, mas elas são muito lindas. E toda vez que eu passo por elas me dá vontade de sorrir e sentar embaixo só pra ficar admirando. Lindas, lindas, lindas. Mais uma das belezas que Deus manda pra iluminar meus dias.
Boa tarde.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Bruno,

"(…) Guardo, preservo, cheiro o cheiro do teu cheiro grudado no meu. E basta fechar os olhos pra naufragar outra vez e cada vez mais fundo na tua boca. Abismos marinhos, sargaços. Minhas mãos escorrem pelo teu peito, gramados batidos de Sol, poços claros. Alguma coisa então pára, as coisas param. Os automóveis nas ruas, os relógios nas paredes, as pessoas nas casas, as estrelas que não conseguimos ver aqui no fundo da cidade escura. Olho no poço do teu olho escuro, meia noite em ponto. Quero fazer um feitiço pra que nada mais volte a andar. Quero ficar assim, no parado."

Anotações Sobre um Amor Urbano - Caio Fernando Abreu
Existe um lugar em que a terra é vermelha.
Existe um lugar em que o ar é renovado através do vento que sopra e sopra.
Existe um lugar em que a comida é boa e faz bem.
Existe um lugar em que o tempo é quente e as pessoas também são.
Existe um lugar em que o silêncio é entendido, em que meias palavras são entendidas e até mesmo caretas dizem muita coisa.
Existe um lugar em que as pessoas se importam. E de verdade.
Existe um lugar em que a tristeza existe, mas a alegria prevalece.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Refúgio compactado.

Sabe como muitas pessoas tem um lugar que elas consideram especial e só delas em que elas vão pra relaxar, resgatar as energias, se acalmar, pensar na vida, etc. Pois é, pra mim, esse lugar sempre foi o meu quarto. E não porque meu quarto seja um oásis com cachoeiras, ar fresco, e rosas. Não, muito pelo contrário. Meu quarto é um cúbiculo. Um lugarzinho apertado com uma cama, uma escrivaninha e uma comôda. Mas dentro desse lugarzinho apertado eu construí uma fortaleza. Construí o meu lugar. Um pedacinho do mundo que eu posso chamar de meu. Que posso mudar como eu quiser, tá, isso não é bem verdade, eu posso mudar conforme a medida dos objetos se encaixem no espaço disponível. Mas as paredes são minhas, os móveis, os enfeites e eu posso escolher o que quero dentro dele e principalmente quem eu quero dentro dele.
É como se dentro do meu quarto eu estivesse num universo só meu e nada nem ninguém pudesse me atingir. Posso dançar e ninguém me vê, posso cantar e ninguém me ouve, posso chorar e ninguém me pergunta porque. É seguro. É mutável. É o meu lugar.
Ter que dividir o quarto com alguém é uma experiência nova que me traz um certo incomôdo. Um certo não, um grande incomôdo. O lugar não é mais meu. Sei que é uma situação totalmente diferente, a casa não é minha. Aliás nem é uma casa. Mas sinto que se talvez eu tivesse um quarto só meu aqui, as coisas seriam mais fáceis. Eu não precisaria me preocupar com barulho, com desarrumação. Eu não precisaria me privar de ser eu mesma e de chorar quando é preciso, gritar quando a garganta clama por um grito e até mesmo sorrir a toa, só porque o sorriso deu o ar da graça. Esses detalhezinhos são alguns dos meus fatores de tensão. Não poder relaxar completamente por 2 meses está me trazendo dores que já passaram da parte fisíca e estão chegando na alma.
Meu quarto, meu espaço, meu refúgio. Ah, você me faz falta..

Corre chuva..

Caos, é, isso realmente representa tudo isso que estou sentindo. É como se eu não conseguisse mais controlar minhas emoções. Aqui eu percebo as coisas de forma tão exagerada. Tão maior do que realmente são. E estar passando por essa fase me faz pensar no quanto as coisas podem ficar loucas e caóticas se todas as pessoas forem assim. Tão... dramáticas.
Eu tinha dificuldade em entender porque as pessoas ficavam tão bravas, chateadas e as vezes até choravam por coisas que eu sempre considerei tão idiotas. Tipo, palavras "ruins" ditas por alguém, ou alguém que as trata de uma maneira diferente, ou até mesmo não serem tratadas de uma maneira diferente. Mas aqui parece que consigo entender exatamente como essas pessoas se sentiam. É como uma TPM que não passa. Um constante estado de sensibilidade. Uma nuvem de "fraqueza" que parou em cima da minha cabeça e que traz chuva todos os dias. E todos sabemos como ficamos em dias de chuva. Com sono, com fome, desmotivadas. Com aquela vontade intensa de sentar a bunda em qualquer coisa que esteja próxima da janela e olhar a água cair. É assim que me sinto. Olhando a água cair. Mas minha água é o tempo. Quero que a água escorregue pela rua cada vez mais rápido e traga o sol. Quero que o tempo passe depressa, passe voando, pra eu voltar pra casa. Pra eu voltar a ser forte e ensolarada. Pra eu voltar a ser feliz.

sábado, 10 de março de 2012

O que é melhor pra... MIM?!

Acho que uma das maiores lições que estou tirando dessa viagem é aprender a não julgar as pessoas. Empatia. Conseguir me identificar com as pessoas. Entender o que elas estão passando e não apenas julgá-las pelas suas ações.
Eu sempre achei muito fácil achar soluções para os problemas dos outros. E sempre joguei essas soluções que eu sempre achei muito corretas e fáceis de serem realizadas nas costas das pessoas que vem me pedir conselhos."Ah, você tem um problema? Poxa, é simples! Faz isso, isso, isso e isso e pronto." Está resolvido! E sempre ficava muito brava quando a pessoa voltava com o mesmo problema nas mãos pedindo outra solução sendo que não tinha nem tentando utilizar a solução que eu havia dado de mão beijada primeiramente.
Mas estando aqui e passando por situações que eu nunca imaginei que iria passar eu vejo como é dificil. Várias pessoas vem me dar suas opiniões e seus conselhos sobre o que eu devo fazer, sobre o que é melhor pra mim, mas nenhuma dessas pessoas está na minha pele. Nenhuma está vivendo o que estou vivendo. É fácil analizar as situações quando não se está dentro delas. É fácil dizer para as outras pessoas o que fazer. Como fazer. Quando fazer. Mas realmente fazê-las é uma história completamente diferente. Até mesmo tentar olhar para a situação da outra pessoa com os olhos de quem está passando pela tal situação é uma tarefa complicada. Colocar-se no lugar do outro não é uma coisa que a gente consegue fazer todo dia.
A maioria das pessoas é muito pretensiosa, olha para a vida dos outros e acha que a própria é muito mais difícil. Acha que aquela outra pessoa é mais sortuda. Tem menos problemas e mais do que isso, sempre acha que se estivesse na pele da pessoa, saberia aproveitar muito melhor todas as oportunidades que ela tem. O que é irônico, porque se formos parar pra pensar, todos temos muitas e grandes oportunidades na vida. Todos os dias ganhamos a chance de dar o nosso melhor, de fazer e de ser melhor. E muitas vezes não aproveitamos porque estamos focados no quanto a vida do outro é melhor. No quanto a vida do outro é mais fácil que a nossa.
E a verdade é que se pararmos para realmente analizar a vida do outro, provavelmente prefeririamos as nossas e parariamos de julgar os outros pela situação que a gente acha que vê.
A única pessoa que realmente sabe pelo que você está passando é você. A única pessoa que pode escolher a melhor solução para os seus problemas também é você. Se deixar influênciar pelo que uma outra pessoa acha é se jogar na ilusão de que ela te entende por completo e sabe exatamente o que vai acontecer no seu futuro.
Conselhos são bons, não nego. É sempre bom ter uma perspectiva de quem está fora. Mas no fim, a decisão é sua. As consequências são suas. E principalmente, a vida é sua.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Igual ao contrário



"Os opostos se distraem, os dispostos se
atraem."
Acho que eu nunca tive uma prova maior de que isso é realmente verdade.
Sempre achava que ia encontrar alguém que fosse parecido comigo. Que gostasse do que eu gosto.
O mesmo tipo de música, hobby, esportes, programas e tudo mais que me define ou que faz parte do meu dia-a-dia. Mas foi o contrário, bem o contrário.
Ele não gosta das minhas músicas ( e nem eu das dele).
Ele não gosta de esportes (eu sou atleta).
Ele não gosta de TV (eu assisto todo dia).
O gosto de filme não bate, nem o de livros e muito menos nossa opinião sobre coisas triviais, como por exemplo: eu acredito que o datas devem ser sim comemoradas, mesmo que elas tenham sido inventadas só por comerciantes gananciosos. E quando digo isso, não quero dizer que quero ganhar presentes, só quero que sejam lembradas e espero um "Feliz dia da bla bla bla".
Já ele não tá nem aí. Os dias são todos iguais. E se ninguém falasse que era a tal data ele provavelmente nem saberia. Passaria batido, como mais um dia qualquer.
Entretanto, no meio de tanta "discórdia" existe um fato que é a base de todo o nosso relacionamento e nos mantém juntos agora e provavelmente nos manterá juntos por muito tempo.
A gente se ama.
Não sei porque, não sei quando começou. Aliás, eu sei porque e sei pra mim quando começou.
Nos amamos porque nos fazemos felizes. Porque cada pedacinho dele é como se fosse um pedacinho meu. Cada vez que eu penso nele, meu coração bate mais forte e meu corpo pede pra tocar o dele. Nos amamos porque nos entendemos, porque conseguimos sempre nos fazer sentir melhor. Porque mesmo distantes continuamos dispostos a fazer tudo possível pra dar certo. E dentre mil outros porques, nós nos amamos porque por mais diferenças que tenhamos, nenhuma delas é grande o suficiente pra interferir no nosso relacionamento de forma negativa.
E eu posso ficar brava ou desapontada pela coisas pequenas, tipo não me desejar feliz dia da mulher no dia da mulher, ou não estar nem aí pro nosso aniversário de três meses. Mas eu sei que das coisas importantes ele lembra. E sei que ele se importa comigo e com o nosso relacionamento a ponto de colocá-lo a frente de outros planos.
No fim, o que mais importa, é que ele me faz feliz. E eu estou disposta a mover mundos e fundos pra fazê-lo feliz também.